©Leonardo Rodrigues
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  1. Este projeto tem como referência os ideais estéticos da pintura aplicados na fotografia, nomeadamente noções de beleza aliadas ao conceito “pitoresco”, uma palavra de origem italiana que significa o ponto de vista de um pintor, em que a teoria a que nos reportamos foi elaborada entre 1730 e 18301, e cuja prática assumiu a forma da poesia e de pintura.

    As fotografias deste ensaio remetem-nos para um certo Romantismo, sublime no jogo de incidências de luz, cores e até envolvimento atmosférico, sendo que uma das referências que nos remetem para este estilo e a partir do qual me inspirei é o caso do pintor do Romantismo britânico Joseph Mallord William Turner (Londres, 1775 a 1851).*

    Algumas imagens são densas e com detalhe, a partir das quais a visão vagueia pelas fotografias e volta para o espectador, com o mesmo pensamento e sensação de não ter conseguido entrar.

    Sendo que atualmente a sociedade tem cada vez mais o seu tempo contado ao minuto, com excessivas horas de trabalho e pouco tempo para contemplação. Este ensaio pretende definir-se como um produto de investigação, base científica, execução prática, seleção e edição baseada em conceitos estéticos e procura de beleza e fruição.

     

    “My approach to the jungle pictures might be said to be new, in that my initial impulses were pictorial and emotional, rather than theoretical. They are unconscious places. The photographs taken in the jungles of Australia, Japan, and China, as well as in the California woods, contain a wealth of delicately branched information, which makes it almost impossible, especially in large formats, to isolate single forms. One can spend a lot of time in front of these pictures and remain helpless in terms of knowing how to deal with them. There is no sociocultural context to be read or discovered.” Artforum. 1000 words: Thomas Struth. (2002).